quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Cereja

Não.
O fim é próximo,
O silêncio
vira a esquina.
De meus pequenos passos
rumo ao incerto
um caminho descompasso
quebrado, disperso;
as pequenas sutilezas de como tenramente
comes tuas cerejas
o sussuro final
o singelo sussuro
a gota que cai mas ninguém ouviu -
não existe.
Chorei em silêncio.

Chorei em vão.

Agora se passam os dias.
Meses, anos, todo o milênio de minha
solidão.
Tanto faz, quem contou?
Fui aquele que andou ao teu lado
despercebido
como uma sombra incerta
nublada;
É findo.

Tive meus dias, glória berrada
O absurdo, meu escudo.
Agora sangro de armadura rasgada de flanela.
Agora fica o silêncio.

Silenciosa, tu come tuas cerejas.
E sonha com as próximas, em minha siesta.

2 comentários:

Alemão disse...

fantastique!! Essa mistura de Grunge pós-moderno, Emo e sentimentalismo exacerbado ficou uma marivilha, sua puta dengosa! E isso num é desclpa pra falta no serviço não!

Seu cafetão!

thiago mottanetto disse...

meio modernista o negócio... pode ficar datado... como não sou um especialista em poesia então não sei do que to falando... tive de ler 3x pra ver se entendia...

... e não entendi.